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Investir na educação dos filhos

Conheça a importância do investimento na educação dos filhos

Os filhos são um investimento pessoal, e requerem para além da atenção, carinho, dedicação, educação, requerem também um investimento financeiro, pois se queremos dar o melhor aos nossos rebentos temos de utilizar o dinheiro que possuímos para poder proporcionar as melhores condições de desenvolvimento a todos os níveis.

Se no artigo sobre as despesas com os filhos foram abordados alguns custos gerais e transversais as todas as crianças, hoje vamos abordar a parte do dilema do tipo de escola a frequentar, ensino público ou privado.

Ambos têm as suas vantagens e desvantagens, assim analisar estes aspectos possibilita meditar sobre o que pretendemos dar aos nossos filhos e os sacrifícios que teremos sempre de efectuar.

Os miúdos de hoje

Com toda a evolução que ocorreu no nosso país e com o acesso a múltiplas fontes de informação, jogos didácticos, pais mais centrados nas crianças, brinquedos pedagógicos, possibilitam um desenvolvimento das crianças estonteante. Proporcionar tudo às crianças é uma satisfação e fonte de alegria.

Antigamente apenas os mais ricos poderiam ter acesso a conjunto de objectos que desenvolvem certas capacidades. Por exemplo a coordenação, visão/movimentos. Se uma consola de jogos: o GameBoy da Nintendo em 1990 custava 25 contos (125 Euros) hoje custa 150 Euros. Está bom de ver que poucos tiveram a possibilidade de brincar com essa consola, hoje é muito mais. Também o desporto se resumia a pouco mais do que jogar futebol na rua, andar de bicicleta e pouco mais. Hoje temos campos de futebol, basket,  ténis em qualquer quarteirão. Se antigamente não se sabia onde comprar acessórios de desporto, onde existem lojas especializadas. Tudo mudou para melhor, mas exige por isso também muito mais dinheiro. Frequentar aulas de natação, karaté, futebol são despesas adicionais que tem que se contar!

A escola têm de ser uma solução

O modelo de funcionamento das escolas públicas actualmente não responde às necessidades das famílias, pois como ambos os membros do casal têm uma ocupação profissional é sempre difícil fazer a conciliação dos horários das crianças e os seus próprios. Especialmente em crianças até aos 10 anos, onde ainda não existe a responsabilidade para irem sozinhos para a escola.

Se na década de 80, eu fui muitas vezes sozinho para a escola, a verdade é que nessa altura os perigos eram bem menores comparativamente. Nesse tempo poucas estradas havia e a utilização de carros ainda não tinha sido massificada. Logo o perigo de atropelamento era muito menor.

Professores funcionários públicos

Um dos grandes problemas das escolas públicas reside no facto ser mantida por funcionários públicos, não que tenha nada contra os funcionários públicos, pois existem bons e maus trabalhadores, como em outros lados, o grande problema são as greves que teimam em fazer por tudo e por nada. Mesmo quando as greves são fundamentadas, são um grande inconveniente, para os pais que não são funcionários públicos. Pois a questão é: se a escola fecha, onde ficam as crianças? Falta-se ao trabalho, ou coloca-se um dia de assistência à família? No sector privado as coisas podem não ser fáceis e andar a faltar ao trabalho por tudo e por nada, pode levar a rejeição do trabalhador, o que pode originar o seu despedimento caso esteja a contrato a termo ou ser enquadrado numa posição de mobilidade ou a dispensar. As greves tem o seu fundamento, mas teimam em “lixar” sempre os mais desfavorecidos.

Ensino público  versus privado

O ensino público é tendencialmente gratuito, o ensino privado custa caro. A disponibilidade da escola pública é incerta, nunca se sabe quando haverá algo que motive o seu encerramento (exames do 4º ano, encerram recentemente muitas escolas) nas escolas privadas houve visitas e passeios. Na escola existe menos segurança, controlar as crianças requer pessoas, ter funcionários requer dinheiro, assim fica muito mais em conta deixar andar os miúdos à revelia. Actividades extra, a escola pública não proporciona actividades complementares, por exemplo: música, dança, natação, artes marciais, desportos vários, etc, no ensino privado pagam-se estes extras, mas são uma possibilidade muitas vezes dentro do recinto escolar.

Os períodos lectivos são ajustados às famílias de desempregados, reformados ou milionários, pois quem é que consegue tomar conta das crianças com tantas paragens lectivas? Férias de Natal, Carnaval, Páscoa e as Férias grandes! São perto de 4 meses para os quais é necessário encontrar companhia ou actividades para os entreter, ficarem em casa sozinhos é que não!

Infelizmente as pessoas com menores recursos ficam sem alternativas e têm de se ajustar a todos os inconvenientes, especialmente até que os filhos sejam responsáveis e possam andar por aí sozinhos. Muitas das vezes comprometendo toda a harmonia familiar.

Os professores

Não vou emitir opinião sobre a qualidade do ensino, mas posso dizer que qualquer professor pode ser melhor, ou ainda melhor. Estes profissionais tem uma elevada responsabilidade e por vezes não têm consciência da sua importância para a sociedade. Fazer um bom trabalho e ensinar todos por igual será o mínimo que lhes podemos pedir.

O investimento financeiro

No orçamento familiar de muitas famílias as despesas de educação com os filhos representam o maior custo, muitas vezes é superior à renda da casa ou à prestação do crédito habitação, por norma uma das principais despesas das famílias portuguesas.

Se quando existe família por perto as soluções para a gestão da educação das crianças, quando isso não acontece as alternativas não são muitas. A menos que o homem trabalhe de noite e a mulher de dia para poder acompanhar os filhos nas várias situações. Pois quando as crianças ficam doentes, alguém tem de ficar a tomar conta das mesmas em casa. E nestes casos em que ter os avós por perto tem um valor extraordinário, ainda melhor se tiverem reformados com disponibilidade e vontade para dar uma mãozinha, nas várias situações.

Um filho gera vários tipos de despesas, mas a educação pode ser uma parcela bastante elevada das disponibilidades financeiras reduzindo deste modo outras possibilidades de investimento. Investir na educação dos filhos penso ser das melhores formas de aplicar o dinheiro, tal como o investimento em nós próprios.

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