Separação do capital da gestão do negócio
Conheça a importância gestão profissional num negócio através da separação de competências. Cada interveniente deve possuir a sua função
Um dos conceitos básicos da Gestão de empresas é a separação entre os detentores do capital (accionistas) e os responsáveis pela administração do negócio (Gestores).
Na origem da gestão do modelo capitalista está o paradigma de que possuir dinheiro não é sinónimo de saber gerir uma organização com todos os riscos inerentes. Claro que pode-se sempre estudar esse tema e conseguir gerir os investimentos empresariais pela própria mão!
O interessante neste aspecto é que só após a Revolução Industrial e após se desenvolveram as grandes empresas de produção esta separação nem sempre surgiu. Esta distinção entre os vários poderes (financeiro e de gestão) continua ainda por aplicar em muitas empresas, especialmente as mais pequenas. São detentores do capital que gerem as empresas. Claro que esporadicamente podem andar de mãos dadas mas a maior parte das vezes quem detém o capital não tem o know how para gerir eficaz e eficientemente uma organização.
Não quer dizer que não possa haver investidores que administrem as suas próprias empresas, este cenário pode ser visível em várias organizações e são conhecidos por serem os grandes empreendedores.
Os objectivos de cada um são bem diferentes:
- Investidor: pretender rendibilizar o capital investido
- Gestor: Pretende produzir lucros
Diferença entre investidor e gestor: o investidor é o proprietário da empresa, o dono do capital. O gestor que pode ser administrador, gerente, director geral ou cada vez mais a designação mais apreciada é CEO ( Chief Executive Officer ) é que gere esse capital, utilizando-o para a obtenção de recursos humanos e materiais com vista à criação de valor para o investidor.
O empreendedor faz tudo!
Nos pequenos negócios e até nalguns negócios com uma dimensão significativa, não encontramos essa separação, muitas das vezes nem partilha de risco existe, sendo o proprietário da empresa uma pessoa ou uma família. Não existe até nada de errado, basta que alguém saiba gerir os recursos, existem grandes empresas onde a gestão se faz por instinto e dá certo, são casos de sucesso. Outros há que não conseguem sobreviver para contar.
Fazer sociedades, pode ser acertado
Assim, convencer alguém a constituir uma sociedade com outros investidores não faz muito sentido, pois pretendem ficar com os lucros todos para si. O pior é se a empresa produz em vez de lucros, prejuízos, aí terá de os assumir na totalidade!
Constituir uma sociedade com vários investidores pode ser a melhor solução, pois para além da partilha de riscos e lucros, existe a contribuição do conhecimento de todos para a elaboração das estratégias empresariais a seguir, com vários pontos de vista e com visões também diferentes.
O investidor deverá contratar um gestor para gerir os seus negócios empresariais, a menos que o investidor seja gestor!
De salientar que muitos pequenos negócios falham nos primeiros anos de vida pela falta de conhecimento nalgumas áreas como sejam a Gestão, Marketing, Vendas e Fiscalidade. Estas são as áreas chave de uma empresa, assim quem não possuir estas competências deve fazer um esforço para contratar profissionais que possam ajudar a elevar a empresa.
Fazer tudo sozinho pode não ser a melhor estratégia.