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Partilhar um negócio: sociedades, sócios e parcerias

Saiba com formar sociedades com salvaguarda de todas as partes. Cuidados e soluções para estabelecer regras para que tudo corra pelo melhor

Para abrir um negócio é necessário mais que uma boa ideia. É preciso implementar a ideia. Assim pode ser necessário: dinheiro para investimento e trabalhadores. Fazer as coisas em equipa é muito mais vantajoso pois 1+1=3. São as chamadas sinergias.

O truque para tirar partido das sinergias é saber escolher os parceiros de negócio. As diferenças entre os participantes faz crescer mais depressa qualquer negócio pois desenvolve a criatividade e a inovação. A crítica construtiva ajuda sempre a melhorar processos e produtos. Novas formas de ver os problemas podem ajudar a encontrar as soluções. 2 é melhor que 1.

As vantagens de avançar em sociedade são várias, pois existe uma divisão de tudo: risco, investimento e até lucros, enfim dividem-se todos os direitos e obrigações. A divisão entre investidores e orgãos de Gestão nem sempre acontece, especialmente nas pequenas e médias empresas, por isso os cuidados são redobrados.

Nas sociedades por vezes surgem conflitos e problemas que destroem a empresa ou actividade e que poderiam muito bem ser evitados se se cumprissem algumas regras.

Evite negócios com familiares e amigos

Os negócios com pessoas da mesma família tendem a criar problemas pois não existe a figura de autoridade, logo é uma “bandalheira”. Familiares só se trabalharem à comissão. Uma das coisas que acontece frequentemente é de familiar e amigo passar a desconhecido. Tente fazer negócios apenas com pessoas que não conhece. Excepção à regra são os filhos! Os filhos são naturalmente os sucessores do negócio, caso estejam preparados e os motive a tomar conta de uma empresa.

Com amigos as coisas também podem falhar, a amizade pode ser destruída por conflitos profissionais, por desencontro de visões ou até simplesmente porque o negócio não deu certo. O momento poderia até não ser propício para esse tipo de negócio mas a culpa recairá sempre no outro.

Sociedades impossíveis

Existem situações que pode não haver entendimento no que diz respeito a decisões estratégias, visão para o futuro e incompatibilidades de várias ordens. Acreditar é condição essencial para avançar. Se não se sente confortável para constituir uma sociedade, pondere  avançar sozinho. É melhor sozinho que mal acompanhado.

Estabeleça regras por escrito

Definir regras para a empresa passa muito pelo pacto social adoptado para a sua criação, nada melhor do que falar com um advogado para a redigir.

Existem pactos sociais pré-aprovados, mas esses não estabelecem as regras mais importantes ao nível mais pessoal. Por exemplo: a retribuição salarial.

A distribuição dos lucros é por norma feita através do número de acções ou quotas da empresa o que me parece justo quando falamos estritamente de investidores. Quando os investidores (diga-se proprietários) da empresa são também trabalhadores as coisas mudam completamente de figura.

Exemplo que pode ajudar a evitar problemas

Na criação de uma empresa de venda de ferramentas: 2 sócios com quotas iguais. Todas as tarefas são divididas, administrativas e de gestão. Um vende o dobro do outro. O vendedor A vende 5000€/mês o vendedor B vende 2500€.

Será justo que o vendedor A receba o mesmo do Vendedor B? Não, claro que não.

Deverá sempre separar-se a propriedade do trabalho. A solução para este problema é até muito simples, cada vendedor ganhará uma comissão pelas suas vendas. Por exemplo 20%. O vendedor A garantia logo 1000€ de retribuições o vendedor B ficava-se por 500€. Os resultados posteriores da empresa é que seriam repartidos, pelos custos da actividade.

O mesmo se pode aplicar em várias actividades, por exemplo um restaurante: o factor descriminatório (positivamente) poderia ser o nº de horas de trabalho. Até é preferível fiscalmente o dinheiro sair por via de comissões do que na distribuição de resultados, pois evita a dupla tributação.

Para evitar problemas nada melhor que ficar tudo preto no branco.

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