Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saber mais

História do Banco Pinto & Sotto Mayor

Artigo sobre a História do Banco Pinto & Sotto Mayor

Os primórdios do Banco Pinto & Sotto Mayor (BPSM), que chegou a ser considerada uma das maiores instituições financeiras portuguesas, remontam à constituição prévia da Casa Bancária que dava pelo mesmo nome. Esta entidade, cujo funcionamento decorreu entre 1914 e 1926, assumiu-se na verdade como uma oportunidade de verificar as necessidades do mercado e a sua receptividade perante novas empresas do sector.

A estratégia supra-descrita, adoptada pelos fundadores da Casa Bancária Pinto & Sotto Mayor, António Vieira Pinto e Cândido Sotto Mayor, conduziu ao sucesso da empresa e ao reforço da sua posição no panorama nacional. O resultado foi uma inédita evolução, como não se poderia antever à partida, cujo auge se verificou na década de 50, ao longo da qual surgiram várias tentativas de aquisição de participações maioritárias.

O estado de constante evolução do mercado português levou, entretanto, a uma série de propostas de investidores que procuravam as melhores alternativas para rentabilizar o seu dinheiro, agora com uma crescente preferência por negócios em território lusitano. Este foi o caso de António Champalimaud, um dos grandes empresários portugueses do século passado, a quem foi vendida, em 1960, a cota predominante do BPSM detida por Manuel Henriques Júnior, que em 1942 a tinha conseguido adquirir.

Privatização termina no BCP

Como todas as restantes entidades financeiras lusitanas, o Banco Pinto & Sotto Mayor também não escapou à nacionalização no início de 1975. O seguimento desta profunda reestruturação ocorreu em 1977 através da incorporação do Banco Intercontinental Português (BIP) naquele, uma operação que selou o destino que mais tarde se viria a efectivar, a passagem de gestão para o agora Millennium BCP.

O percurso das cotas do BPSM voltaria a sofrer alterações em 1995, ano em que se dá por concluída a privatização da instituição, cuja posse fica definitivamente nas mãos de António Champalimaud. Esta acção foi apenas o princípio de uma saga de aquisições, a que se seguiram o Banco Totta & Açores, Crédito Predial Português e Banco Chemical – Portugal, três entidades que reforçaram grandemente a posição do BPSM, de tal forma que em 1996 se tornou no maior grupo financeiro lusitano.

Em pleno início do século XXI, o Banco Pinto & Sotto Mayor é incorporado no Banco Comercial Português, que adquire igualmente o Banco Mello à Império, meses antes de se concretizar a fusão do BCP com o Banco Português do Atlântico (BPA), negociado cinco anos antes numa Oferta Pública de Aquisição (OPA) ganha pelo consórcio BCP/BPA.

Pesquisa do blog