Banco Português de Negócios – BPN
Artigo sobre o Banco Português de Negócios – BPN
As primeiras moedas e notas a entrarem nos cofres do Banco Português de Negócios (BPN) pelas mãos dos seus cliente foram entregues em 1993, mas a verdadeira revolução da estratégia da empresa e de tudo aquilo que lhe está associado apenas teve lugar cinco anos depois, altura em que a administração de até então foi substituída por uma equipa bem mais dinâmica e apostada em desenvolver competências de futuro.
O nascimento do BPN não foi um mero acaso, resultou da fusão estratégica das sociedades financeiras Norcrédito e Soserfin, pouco expressivas no panorama do sector em terras lusas e que por isso mesmo necessitavam de uma solução que as colocasse definitivamente no mapa de excelência da economia do país. Porém, os passos inaugurais não foram fáceis, como seria de esperar, mas em 1998 surgiu um novo e inédito fôlego de juventude que veio mudar o rumo dos acontecimentos.
A pouco mais de 600 dias para o final do milénio, a gestão do BPN decidiu expandir o seu negócio a toda a escala de possibilidades e foi devido a esse impulso (muito) bem pensado que alcançou notoriedade em Portugal e tomou uma orientação virada para rumos concretos que até então não se tinham explorado, apostando simultaneamente na criação de uma rede de balcões com o intuito de abraçar desafios aliciantes.
No seguimento do posicionamento estratégico de curto prazo, o BPN renovou as suas prioridades e apontou forças para a criação e consequente aproveitamento de áreas com apoio escasso que estivessem na vanguarda da inovação. A missão foi bem executada e originou parcerias que mais tarde vieram a desempenhar um papel determinante no futuro da instituição bancária que se tornou numa das entidades referência nos sectores-chave dos investimentos de alto risco e rentabilização privada de recursos monetários.
O veloz avanço do volume de negócios do BPN tornou-se num dos seus maiores trunfos, tendo funcionado paralelamente como o tónico ideal para a elaboração de planos com vista à captação de mais clientes, embora desde cedo se tenha percebido que o seu público-alvo não era a classe social baixa ou média baixa, mas um segmento com algumas posses para aplicar em fundos sem garantias absolutas de retorno. Contudo, esse facto não foi obstáculo e graças a um bom ritmo foram surgindo interessados em experimentar os serviços de um banco que começava a crescer a olhos vistos após um início nada prometedor.
Nacionalização do BPN
Cerca de 14 anos depois de ter sido fundado, o Banco Português de Negócios começou a enfrentar sérias dificuldades e face à inexistência de liquidez o governo liderado pelo Primeiro-Ministro socialista José Sócrates decide nacionalizar a instituição, procurando obter sucesso na derradeira tentativa de resgatar os fundos disponíveis e proteger os milhares de clientes em carteira.
A desprivatização teve lugar na sequência de uma série de auditorias internas que detectaram gestão danosa e negócios ilícitos consumados sob os mandatos de alguns funcionários da estrutura da entidade. As suspeitas decretaram a inclusão no processo baptizado de Operação Furacão, à luz do qual se investigam desde 2005 centenas de crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal em diversos bancos.
Actualmente, tendo o antigo ministro das finanças de Cavaco Silva, Miguel Cadilhe, assumido a presidência do BPN, este encontra-se integrado no também público Grupo Caixa Geral de Depósitos, ao qual se anexou em Novembro de 2008.
