As competências dos líderes transformacionais
As principais competências que deve ter um líder transformacional: carisma, estimular a equipa, demonstrar consideração individual, ser exemplo inspirador.
Existem competências do líder transformacional que são consideradas chave na gestão das pessoas e das equipas numa organização. Ao contrário da maioria dos líderes transaccionais, os líderes transformacionais nem sempre estão em contato ou em interação direta com os seus seguidores.
Existe no líder transformacional uma representação mental e um simbolismo inspirador que lhe são atribuídos pelos seus seguidores. Por isso, as competências que se esperam do líder transformacional são diferentes daquelas que se esperam do líder transacional e apelam a uma maior dinâmica e sentido de inovação do trabalho em equipa!
1. Gerar carisma
Gerar carisma é uma capacidade intrínseca da pessoa (uma característica da personalidade) e também é uma competência na medida em que pode ser treinada e desenvolvida pelo líder. O líder carismático tem visão e um forte sentido de missão, o que gera o respeito, a confiança e a lealdade dos membros do grupo. Em resultado disto, todo o grupo passa a se identificar com o líder, têm orgulho nele e sentem entusiasmo e acreditam que conseguiram atingir todos os objetivos. O carisma pode ser definido também como uma química entre o líder e os seus seguidores, uma energia que todos partilham e alimentam – por isso, além de ser um traço de personalidade, o carisma pode ser aperfeiçoado e desenvolvido.
2. Inspirar
Outra competência do líder é a prática de uma liderança inspiracional, ou seja, a capacidade de motivar, envolver e comprometer todos os membros do grupo em torno de um mesmo objetivo. O líder utilizará uma comunicação clara e fluída, uma linguagem entusiasta, dinâmica e fluente que se torna capaz de envolver, congregar e motivar as pessoas à sua volta. A liderança inspiracional está sobretudo visível em líderes de grandes grupos, onde a comunicação se faz através de meios amplos e mediáticos, como acontece por exemplo no contexto político.
3. Dar estímulos
Para além do lado simbólico e emocional das pessoas, os líderes transformacionais procuram também alcançar a esfera cognitiva dos seus seguidores. Ou seja, torna-se importante também estimular a análise crítica, o pensamento criativo e a intuição. O líder transformacional incentiva os seus colaboradores a analisarem os problemas do passado através da crítica metódica e a projetarem o futuro através da atribuição de novos significados aos desafios que se colocam à organização.
4. Demonstrar consideração individual
Esta é uma das competências da liderança transformacional mais difíceis de colocar em prática, sobretudo em contextos de liderança que envolvem muitos colaboradores e onde é difícil o contato face-a-face com cada um dos membros do grupo. No entanto, espera-se que o líder transformacional seja capaz de demonstrar consideração individual por cada pessoa, de forma particular e genuína, sem deixar interferir preconceitos, crenças e opiniões. Esta capacidade de gerar e alimentar a consideração individual por cada membro do grupo tem um forte impacto na percepção do líder, ao permitir criar um ambiente de confiança e valorização pessoal.
Estas quatro competências que apresentamos convergem para um estilo de liderança transformacional pleno (poderíamos dizer, perfeito). Isto porque no atual contexto empresarial turbulento, complexo e imprevisível, o cruzamento destas quatro linhas de ação dos líderes resulta sempre num processo inacabado que está permanentemente a ser revisto e redirecionado, em função dos desafios que se colocam à organização.
