Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saber mais

Alternativas aos depósitos a prazo

Artigo com ideias para aplicação de capitais através de produtos substitutos aos depósitos a prazo

aplicar-poupançasOs depósitos a prazo são aplicações que atraem muitos aforradores pela liquidez e pela segurança, contudo existem alternativas. Depois de escrever o artigo sobre os melhores depósitos a prazo, é oportuno listar as soluções para rendibilizar as poupanças e que são produtos substitutos e concorrentes. Rentabilizar poupanças será sempre um objectivo das famílias por isso é importante conhecer as soluções mais comuns.

Quando falamos de alternativas aos depósitos a prazo falamos de aplicações financeiras de baixo risco com capital garantido e elevada liquidez. Uma das características dos depósitos a prazo mais comum  é permitirem desmobilizar o capital, de forma levantar o dinheiro de forma rápida, embora podendo perder os juros, o acesso ao capital é normalmente fácil.

As aplicações financeiras “mais seguras” possuem taxas de rendibilidade baixas. Se a taxa de juro ou rendibilidade de uma aplicação for elevada face às suas alternativas, desconfie, pode estar a investir num produto arriscado.

Seguros financeiros

As seguradoras possuem diversos produtos de investimento com risco diminuto: Planos de poupança, operações de capitalização, seguros de investimento e seguros com conta poupança.

Os seguros de investimento são aplicações financeiras comercializadas por seguradoras e distribuidores de seguros, como os mediadores de seguros. São também apelidados de seguros de vida em caso de vida. Os seguros financeiros são aplicações financeiras puras, com capital garantido e muitas vezes com rendibilidade mínima também garantida. A rendibilidade é normalmente constituída por 2 parcelas: o rendimento garantido e participação de resultados do fundo autónomo. Poderão existir comissões de entrega e resgate. O horizonte temporal da aplicação com maior benefício fiscal é 8 anos e um dia.

Certificados de Aforro

Um dos produtos de poupança mais famoso e também mais apreciados pelos portugueses são os Certificados de Aforro. Possuem uma tradição na sociedade portuguesa como instrumento para acumular poupanças no passado, muito devido ao prémio de permanência e do risco associado. Os certificados de Aforro viveram tempos atribulados, com várias alterações à sua rendibilidade e características. Hoje voltam a constituir uma verdadeira alternativa aos depósitos a prazo para aplicar poupanças.

Pena é que os Certificados do Tesouro tenham sido descontinuados, pois possuíam rendibilidades muito boas para horizontes temporais de investimento superiores a 5 anos.

Na hora de aplicar poupanças temos de considerar outros aspectos importantes e onde os Certificados de Aforro batem aos pontos os concorrentes: Isenção de comissões. Não existe comissões de resgate nem de subscrição. Comercializados pelos CTT.

Para ter acesso a um depósito a prazo terá de pagar provavelmente os custos de manutenção de conta bancária.

Quase alternativas aos depósitos a prazo

Existem aplicações financeiras que se assemelham muito aos depósitos a prazo, contudo reúnem caraterísticas que os tornam diferentes, sendo um pouco mais arriscados, não deixam de constituir uma hipotese, já que as diferenças são pequenas.  Não sendo produtos de capital garantido propriamente dito, a perda do capital ocorrido apenas acontecerá em situações extremas.

Fundos de tesouraria

Os fundos de tesouraria são fundos de investimento que se caracterizam pelo baixo risco e baixas comissões. Sendo um produto com liquidez elevada. Os fundos de tesouraria são muito utilizados por empresas de modo a rendibilizar o capital disponível nos bancos. São opção para investimentos de curto prazo. Normalmente possuem baixas rendibilidades, pois a carteira deste tipo de produto são também aplicações de risco moderado como: depósitos bancários, papel comercial e obrigações. Existe a possibilidade das unidades de participação perderem valor e incorrem numa perda, apesar de não ser muito frequente. Os fundos de tesouraria são comercializados em instituições bancárias.

Obrigações

O financiamento das empresas através de obrigações gera uma oportunidade de investimento. As empresas pagam um cupão (uma espécie de juro) como remuneração do investimento, o que é semelhante aos depósitos a prazo. Contudo os riscos são bem diferentes:  risco implícito à operação (risco da empresa), o acesso ao capital pode não ser imediato nem fácil em situações em que se necessite ter acesso ao dinheiro.

Se a empresa que emitiu as obrigações falir: poderá perder o dinheiro investido

(actualizado) Não me recordo de nenhuma empresa portuguesa que emita ou emitiu obrigações que não cumprisse, ou seja, que não pagasse. Acho que nenhuma empresa ainda faliu, posso estar enganado, mas diria que as obrigações que acarretam mais risco são provavelmente as de SADs – Sociedades Anónimas Desportivas. Normalmente, pagam as emissões anteriores com a emissão de novas emissões de obrigações. A taxa de rendibilidade das obrigações é tanto maior quanto maior for o risco associado à empresa. Mais risco, maior possibilidade de rendimento.

O investimento em obrigações acarreta várias comissões, algumas delas são de termo fixo, assim para baixos valores não constituem um verdadeira alternativa. Como sempre: nada melhor como analisar bem antes de investir.

Aplicar as poupanças com bom senso

As formas de aplicar poupanças com segurança são relativamente poucas. Numa estratégia de protecção de património é de bom senso utilizar os meios disponíveis para diversificar e não ficar refém de uma única entidade, aplicação ou risco. Não pode ser só poupar. É necessário pensar numa estratégia de rendibilização das poupanças de modo a proteger o futuro. Com aplicações de baixo risco é boa ideia diversificar, tendo em atenção os custos que essa diversificação implica.

Possuir uma carteira de poupanças diversificada nunca vez mal a ninguém.

Pesquisa do blog