A retoma da economia está para breve
Artigo com previsões para o ano de 2014 com expectativa de retoma da economia portuguesa
Nada melhor do que começar o ano com um artigo positivo, a retoma da economia. Acredito que a retoma da economia está para breve, diria que provavelmente no início de 2015 podemos pensar no crescimento económico em Portugal. Posso fundamentar a minha opinião em alguns aspectos, que vou expor. Mas o mais interessante na aproximação do clima de crescimento não se prende com o futuro, mas sim com o presente. Pois estamos a viver os últimos dias de “crise” neste ciclo económico.
Uma evidência é que quando se bate no fundo, não se pode descer mais. Penso que já atingimos esse patamar, logo pior não poderemos ficar. Depois existem os sinais de inversão de tendências. No passado um indicador importante eram as vendas de cimento, mais vendas correspondiam a maior dinâmica no sector da construção. O que dava uma boa ideia do clima económico geral, no entanto e devido a outras questões, não vai ser por aí que eu penso que a retoma vá acontecer.
Recentemente, tivemos um acréscimo da venda de automóveis em Portugal, este é um indicador que eu considero importante. Porquê? Pura psicologia, considero que as pessoas estão cansadas do clima de crise e querem mudar as suas vidas, a compra de automóvel é por isso um indicador importante, denota a mudança de atitude. (eu próprio comprei um carro novo em 2013).
Expectativas individuais
A economia é muitas vezes feita (para não dizer sempre) das expectativas das pessoas, se as pessoas estão positivas em relação ao futuro investem, se estão cépticas, poupam. O investimento faz mover a roda, quando o dono do restaurante possuí mais clientes, tem mais capacidade para comprar novos equipamentos, os fabricantes acabam por ter mais encomendas e o aumento da produção leva à contratação de mais pessoas e a horas extraordinárias para fazer face ao aumento da procura. Resumindo, todos ganhamos mais quando há desenvolvimento económico.
A mudança
O paradigma da crise é a mudança, é necessário mudar, alterar velhos hábitos, por vezes reduzir, poupar. Levar um vida de acordo com as capacidades financeiras de cada um. A restrição do crédito veio forçar essa mudança, talvez bruscamente. As pessoas adaptam-se às realidades mais facilmente do que é expectável, o que cria um ambiente propício ao crescimento.
Só para dar uma ideia do que mudou nos últimos tempos e que considero muito positivo, é o movimento empreendedor em Portugal, estão a ser criados novos negócios a um ritmo frenético, recentemente fiz uma pesquisa por startups portuguesas, e fiquei impressionado, com a quantidade e qualidade dos projectos (claro, na minha opinião). Por vezes modelos de negócio simples, apresentando novos conceitos de produtos, que podem fazer sucesso. Muito em breve vou desenvolver este tema e dar alguns exemplos.
Em 2012 apresentei a minha visão para Portugal sair da crise
A bolsa antecipa a retoma
Ouvi ou li no passado que a bolsa de valores antecipa o crescimento económico em 6 meses, não sei se será verdade, mas é certo que a bolsa está a aquecer. O índice PSI 20 está a subir deste Julho de 2013. Assiste-se a uma valorização consecutiva dos principais títulos, vamos ver se é sustentada.
Posso até dizer que o ano de 2013 não me correu nada mal na bolsa :-) Fui a um aumento de capital de ganhei 35% em 10 dias (podia ter sido ainda melhor), foi pura especulação :-/
2013
Muitas vezes tiro conclusões com os meus próprios actos. E passo já a explicar. Em 2013 tomei diversas decisões que vou partilhar. Reformulei a minha frota automóvel:
- Vendi a “minha” carrinha Peugeot Partner
- Vendi a “minha” carrinha Nissan Cabstar
- Vendi a “minha” moto Honda Hornet
Foram todos maus negócios, perdi imenso dinheiro, vendi veículos em muito bom estado. Só para terem uma ideia a minha moto era de 8/2009 possuía apenas 1200 Kms. (foi um capricho a sua aquisição) Comprei-a apenas para ir para a escola e não perder tempo no transito às 8 da manhã. O ISLA (escola que frequentei durante 3 anos) fica apenas a 5 kms de minha casa.
Nas vendas de bens usados através de sites de classificados e na aquisição de bens no estado de novo, prepare-se para negociar.
Menos bens, menos despesa
Com as minhas alienações reduzi despesas (pelo menos teoricamente) em impostos (IUC) e em seguros, pois o meu próximo passo foi comprar um carro novo, aproveitar as quebra nos preços dos automóveis (a oportunidade da crise). Apesar de isto não interessar muito ao leitor. Acredito que tal como eu também muita gente quer encarar a actualidade com um tempo de oportunidades, fazer, comprar e investir. Esta é a base para ter publicado este artigo mas posso estar enganado.
Onde estão as oportunidades
A oportunidade deste artigo prende-se precisamente com o aproximar do que considero o momento de viragem no ciclo económico, assim existem oportunidades criadas pela crise que podem agora ser aproveitadas, por exemplo a aquisição de empresas, contratação de colaboradores, arrendamento de espaços, compra de veículos e equipamentos ou compra de imóveis comerciais.
A crise fez baixar os preços, o arrendamento de uma loja que há 4 ou 5 anos custava 1000 euros, está por estes dias a 500 Euros. Ora, fazendo um contrato de arrendamento por estes tempos, representa uma poupança que perdurará por alguns anos. Com as elevadas taxas de desemprego, não é necessário pagar muito para ter bons trabalhadores. Ou seja, como as dificuldades de alguns, existem oportunidades para outros, sempre assim foi e continuará a ser. Entrar antes da subida gera ganhos :-)
Aproveitar o momento actual para investir num negócio próprio pode ser uma ideia bem oportuna, eu próprio quero ver se lanço um novo negócio. Uma coisa é certa, em 2014 vou investir mais forte que nunca. Vou expandir os meus negócios, trabalhar mais afincadamente nalgumas ideias de negócio que estou a desenvolver. Estou também a pensar internacionalizar alguns dos meus negócios, ando motivado :-)
Lembre-se que desde o momento em que decidimos criar um negócio até abrir as portas podem correr vários meses, as coisas por vezes não são tão rápidas com julgamos inicialmente.
Sinto que 2014 será um ano de viragem e crescimento para mim, espero que também o seja para si. Bom ano