15 Razões para investir na agricultura
Conheça as principais razões para investir na agricultura. Muitos podem ser os motivos que levam a investimentos agrícolas.
Muitas pessoas possuem receio em investir na agricultura. É um sector onde se encontram por vezes dificuldades.
Não só em produzir, como também em escoar os produtos. Como a agricultura faz parte de um dos meus sectores preferidos para investir. Pensei em criar uma lista com aspectos que de alguma forma podem fazer olhar para este tipo de negócios de forma diferente.
Ao contrário do que se pensa o segredo da agricultura não reside na produção. Este está localizado essencialmente na comercialização. Do que interessa produzir 1000 litros de azeite se depois não se encontram compradores? É por este motivo que muitos agricultores fracassam. Fazem tudo bem, menos o marketing dos seus produtos, que deveria conduzir ao escoamento e consequente recuperação do investimento. É necessário uma estratégia para desenvolver qualquer negócio.
Aspectos positivos no investimento na agricultura:
1) Agricultura: É sector mais importante da Economia
Muitas das vezes e devido à abundância dos dias de hoje. As pessoas esquecem-se do que é vital e indispensável. Nada mais, nada menos, que a alimentação.
Por vezes é dado como um bem que está ao alcance de todos, e bastará dinheiro ou valores para trocar por alimentos.
Neste mundo o que existe é a incerteza perante o futuro. Nunca se sabe concretamente o que irá suceder nos anos vindouros.
As necessidades básicas
A pirâmide de Maslow , também denominada de pirâmide das necessidades. Mostra-nos muitas ideias para encontrar produtos e posicionamento no mercado. Para cada patamar é possível desenvolver e promover os produtos indicados para cada tipo de necessidade.
Na base da pirâmide encontramos as necessidades básicas. Sem as mesmas satisfeitas não existe mais nenhuma necessidade. Se existe sede e não temos água, o que interessa ter um relógio altamente preciso? Nada. Assim é importante ter a noção deste conceito para poder apresentar ideias.
No sector Primário da Economia podemos encontrar actividades como: Agricultura, pecuária, silvicultura, extracção mineira, apicultura e pescas. É destes sectores que provêm os alimentos: cereais, frutas e legumes através da agricultura. Carnes e leite através da pecuária e o peixe e marisco através da pesca. Sendo por isso fundamental para a sobrevivência do Ser Humano.
O que o dinheiro não compra
O dinheiro compra tudo, menos o que não existe para venda. O que interessa ter uma fortuna se depois não consegue comprar alimentos? Na 2ª Guerra Mundial, Portugal tinha muita da sua população ligada à agricultura e mesmo assim falharam os alimentos. Mesmo quem tinha dinheiro não os conseguia comprar, porque não estavam disponíveis.
2) O sector primário é fundamental
Um país que abandona os campos é um país condenado. A razão é simples, se não existe forma de alimentar os seus habitantes com meios próprios terá de importar os alimentos.
Se um país for o único produtor de determinado produto tem um monopólio, aí poderá praticar os preços que lhe apetecer. Não é por acaso que a União Europeia tem como um dos vectores principais da sua política de ajudas aos países a Agricultura.
Destruir o sector da agricultura e pescas é um grande erro estratégico. Que poderá condicionar gerações futuras de uma forma imprevisível.
Todos contribuímos para isso:
- Consumidores – Compram o que é mais barato
- Intermediários – Asfixiam os produtores
A tendência é que cada vez mais os alimentos de qualidade vejam os seus preços subir. A solução é a mecanização dos campos e a especialização.
3) Sector de duração infinita
A agricultura não é um negócio ou investimento de modas. Sempre existirá necessidade de alimentos, assim haverá permanentemente oportunidades na agricultura.
Cada vez mais se vê negócios de ocasião e que não apresentam mais valias para a sociedade onde se inserem. Pelo contrário a agricultura, permite reduzir as importações, fornece estabilidade face ao exterior e torna os países independentes.
4) Agricultura de requinte
Mesmo não estando ainda convenientemente enraizada na cultura portuguesa, existe já a agricultura biologia. Onde são privilegiados os processos artesanais de produção de alimentos sem recursos a fertilizantes industriais.
Os produtos gourmet, a alta cozinha está cada vez mais em desenvolvimento. Ora, os alimentos de qualidade são também cada vez mais apreciados.
É uma oportunidade para o futuro, do que é bom toda a gente gosta, mesmo que por vezes compre o que é barato.
5) Agricultura amadora
Qualquer pessoa pode ser agricultor, basta querer. Não são necessários conhecimentos extraordinários para produzir alimentos. Obviamente é necessário saber, podemos ir aprendendo com os erros.
Podar uma arvore, é uma arte. Que todos podem aprender, que mais não seja através da experiência e da tentativa erro. Conhecer as dicas de quem trabalha no campo é frutuoso.
6) Investimento reduzido em terrenos
Pode-se iniciar um negócio agrícola com pouco dinheiro. Os terrenos agrícolas são muitas vezes abandonados no interior do país. Não há quem queira tratar dos mesmos.
Este facto originou uma quebra no seu valor nos últimos anos. Como ninguém quer trabalhar no campo, a procura é diminuta o que fez/faz reduzir o valor dos terrenos.
7) Não é necessário possuir terrenos
Uma actividade muito próxima da agricultura, a apicultura pode ser desenvolvida em terrenos alheios. Mediante autorização dos proprietários dos terrenos ou em terrenos abandonados. Ser apicultor, ter colmeias e produzir mel. Pode muito bem ser uma óptima actividade para os fins de semana. Com o valor do litro de mel a rondar os 5€, basta produzir e vender 12.000 Litros para usufruir de uma rendimento bruto de 5000€/mês. Não me parece impossível ;-)
8) Para se ser um grande produtor não precisa de muito
Por vezes pensa-se em produzir o que já existe muito, e esquecemo-nos de produzir o que tendo baixa procura é mais fácil liderar.
Ser o maior produtor de hortelã, salsa, amoras, beterrabas, ervilhas, ou outro bem alimentar de baixa procura. Escolher o mercado certo também é importante. Ser o maior abre muitas portas.
9) A pecuária nem sempre é complicada
O sector da pecuária também inserido no sector primário da economia contudo possui várias condicionantes legais. Possuir um rebanho de ovelhas ou cabras e produzir leite, não conheço grandes entraves.
Pode-se vender o leite a cooperativas ou utilizar o leite para produzir queijos. A lã das ovelhas também pode ser vendida.
10) Pode-se produzir e transformar
Produzir leite e transformar esse leite em queijos, produzir fruta e fazer compotas, produzir vinho, etc. Pode-se produzir e transformar, podendo aliar a produção ao produto final o que pode gerar uma mais valia, pela especialização e qualidade dos produtos. Aos produtos regionais é-lhe reconhecida qualidade e sabor. Tantas são as receitas para produzir o que quer que seja, que os produtos acabam por ser diferentes uns dos outros, basta lembrarmo-nos nos tipos de queijos que existem.
11) Investimento duradoiro
Existem formas de fazer agricultura onde o investimento inicial pode ser substancial, contudo gera produção para o futuro.
Por exemplo pomares. A manutenção de certas árvores de fruto é diminuta. Sendo necessário pouco mais do que regar de vez em quando, lavrar e apanhar a fruta. Pode ser necessário algo mais, como podar as arvores e fertilizar as terras. Por vezes até arvores de fruto abandonadas produzem fruta.
12) Pode ser rentável
Como todos os negócios este é um sector que pode ser rentável. Se a agricultura de subsistência não gera rendimentos (produz-se para consumir). A especialização em determinada cultura ou nicho de mercado pode ser um caminho para tornar esta actividade rentável.
Para ser rentável tem de se produzir na quantidade certa. Tal como em todos os negócios, é necessário uma estratégia para atingir o sucesso. A sustentabilidade económica da exploração agrícola. Procura pela produção existirá sempre. O foco é conseguir vender por um valor que proporcione rendimentos positivos.
É possível viver da agricultura e existem diversos casos de negócios agrícolas de sucesso em Portugal.
13) Pode-se não precisar de rigorosamente nada
Actividades relacionadas com o campo e com a natureza, existem vários. Como exemplo: todos os anos existe um negócio que consiste na apanha de cogumelos selvagens. Onde os mesmos podem atingir valores de cerca de 30€ por kilo, muitos deles têm como destino a indústria farmacêutica.
Encontrar e vender cogumelos é uma actividade que proporciona rendimentos esporádicos. Sendo também uma das actividades ligadas à terra que menos investimento comporta.
Outra actividade que não necessita de investimento, é a apanha de medronhos selvagens. A aguardente de medronho é um produto de pode ser vendido por um bom valor.
14) Nichos por explorar
Existem inúmeros nichos de mercado por explorar. As culturas exóticas ou através de produção em estufa permitem produzir fora da estação diversos alimentos. Como o clima em Portugal é temperado favorece este género de culturas. Também existem nichos de mercado por explorar do que diz respeito aos compradores, vender a públicos alvos diferentes.
Novas formas de comercializar frutas, vegetais e legumes, por exemplo através da internet com entregas ao domicílio. Exemplo: sumos de frutos e dietas.
15) Pode ser desenvolvido em part-time
Existem algumas culturas não necessitam de acompanhamento constante. Podendo estas actividades ser desenvolvidas aos fins de semana. Quando se reside nas imediações da exploração agrícola pode-se utilizar o tempo disponível para dedicar às actividades necessárias para produzir o que se deseja.
Mesmo quem não reside nas proximidades dos terrenos a explorar existem soluções ou alternativas consoante o que se quer produzir. Existem épocas para determinadas culturas. Por exemplo: a apanha das azeitonas, em meados de Novembro. Seja para produzir azeite ou para azeitonas de conserva.
É saudável
A vida no campo e em contacto com a natureza é saudável. Respirar ar puro, viver sem stress são outros dos benefícios em trabalhar a terra. Mais do que um negócio, a agricultura é cada vez mais um estilo de vida.
Um modo de viver, que obviamente nem todas as pessoas gostam, mas não deixa de ser uma razão para viver a vida mais lentamente.
Pode-se consumir o que se produz. Pode-se comer os rendimentos do investimento